Intelectuais, políticos, militantes e amigos da Fundação e da Editora Perseu Abramo participaram no dia 13/12/2004 da festa de lançamento do centésimo título da Editora, o livro "Para uma nova história – Textos de Sérgio Buarque de Holanda".

Leia a seguir alguns depoimentos colhidos na festa:

"Acho que as realizações da Fundação Perseu Abramo representam um dos mais belos esforços editoriais de que se tem tido notícia nos últimos tempos porque ela é orientada realmente por interesses que são ligados não apenas à cultura, mas também aos ideais de igualdade e de bem-estar do povo brasileiro. Nesse sentido, a Fundação honra sua fonte, que é o Partido dos Trabalhadores, um partido que procura, sobretudo, aliar a justiça social à cultura. Ela tem sido dirigida com muita competência, com muito senso das suas responsabilidades, e esse acervo de cem volumes que agora se completa é uma prova disso que estou afirmando". Antonio Candido, crítico literário

"A Editora teve um papel fundamental em sua atuação tanto na Fundação Perseu Abramo como no PT. Ela cumpre seu papel porque desenvolveu várias linhas de trabalho, desde a edição de pesquisas feitas no Brasil como a edição de grandes clássicos do pensamento político estrangeiro, mantendo acesa a chama do debate e sempre cuidando de uma área específica dentro do panorama editorial brasileiro que é a produção da esquerda". Walnice Nogueira Galvão, professora universitária

"A Editora FPA é de um partido que se consolidou, que tem uma estrutura bem montada, tem uma sede bastante boa e uma linha editorial rica para a bibliografia brasileira, sobretudo no que se refere a livros sobre a história brasileira, dos movimentos sociais brasileiros e dos clássicos do país. Além disso, o simples fato de publicar a revista Teoria e Debate já traz uma cara extremamente positiva para a Editora. Eu fico muito orgulhoso". Cristovam Buarque, senador

"A Editora passou por uma trajetória de oito anos vitoriosa do ponto de vista de incrementar o debate, de contribuir com as principais polêmicas que travamos no PT, desde o seminário que realizamos sobre socialismo até as publicações especializadas por temas, de estudo da realidade brasileira, de investigação, de contribuição para constituir um pensamento de esquerda no Brasil, no qual a Editora cumpre um papel fundamental". José Genoino, presidente nacional do PT

"Para uma editora de oito anos, chegar ao seu centésimo título é uma raridade. Tendo em vista uma série de iniciativas que começam e morrem, a idéia da perenidade e da seriedade da Editora é algo muito valioso. A Editora é a cara mais pública da Fundação Perseu Abramo. É uma grande satisfação saber do patrimônio que temos aqui". Joaquim Soriano, secretário nacional de Formação do PT

"A Editora está dando sua contribuição pondo nas mãos de estudiosos e de pesquisadores um material extremamente precioso. Se não existisse a Editora Fundação Perseu Abramo, esse material seria de alcance muito difícil, porque jamais entraria no catálogo de uma editora comercial. No entanto, são obras muito importantes, estudadas e discutidas nas universidades, e são acessíveis através da Editora. Devemos considerar ainda a grande contribuição política, implícita nesse feito da Fundação. De fato, a coerência, a linha comprometida com o social, tudo isso significa um reforço muito grande na luta pela conquista da nova sociedade." Dalmo Dallari, jurista

"A Editora ocupa um espaço inédito, principalmente em função de publicar livros situados no campo do pensamento de esquerda do Brasil. É uma editora que ao longo dos últimos anos, em função desta característica, está se consolidando no mercado e está se tornando uma referência para professores universitários por causa de sua proposta editorial inovadora e preocupada em difundir o pensamento de esquerda no Brasil". Marcus Ianoni, professor universitário

"Como sabemos que a Editora FPA pertence ao PT, ela guarda um registro fundamental das questões políticas e sociais do nosso país". José Xavier Cortez, da Cortez Editora

"Fico feliz com o lançamento dessa coletânea de artigos de meu pai [Para uma nova história]. Eu nem sabia que existiam, porque há algum tempo atrás saíram dois livros grossos com artigos dele sobre crítica literária, e eu achava que era aquilo que tinha, que não existia mais nada de artigos de jornais. Gostei muito de conhecer esse trabalho". Sérgio Buarque de Holanda Filho, economista

"É uma Editora muito diversificada e abrangente, de alta qualidade tanto do ponto de vista do conteúdo como do ponto de vista gráfico. E sua marca está também no fato de não difundir as idéias do PT, mas ser uma Editora de reflexão, de elaboração, o que também não é característica de editoras ligadas a algum partido político. Ela possui, inclusive, livros que fazem uma reflexão crítica sobre as propostas do PT. Portanto, é uma Editora que ao longo dos seus oito anos se consolidou, chega agora à marca dos cem títulos, todos com qualidade – e esse resultado é excepcional, sem paralelo com outras editoras de partido e até mesmo de esquerda". Luiz Dulci, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República

"Ao conseguir lançar 100 títulos em oito anos, todos dentro de um campo de temas que normalmente estão bloqueados no mercado editorial, a Editora realiza uma façanha que supera a expectativa de todos nós. Desta forma, ela cumpre muito bem o papel de manter sua independência, mesmo sendo ligada ao PT, corrigindo experiências anteriores em que os partidos montavam editoras que publicavam livros com a própria linha partidária. A experiência da Editora é diferente porque é pluralista, não se preocupa unicamente na divulgação dos temas do partido e, quando o faz, discute com autores e linhas editoriais que refletem diversas opiniões e, sobretudo, debate sobre a cultura política brasileira que vai muito além da vida partidária. Ao se propor a recuperar, um a um, os clássicos do pensamento brasileiro, a Editora se inscreve entre umas das mais importantes do Brasil. A Editora tem o desafio de pensar o Brasil, concebendo seu desenvolvimento, e pensar a questão da democracia e do socialismo, rompendo com o bloqueio que se instaurou diante do tema ao longo dos últimos dez anos". Paulo Vannuchi, cientista político

"A Editora conquista um marco muito importante considerando que o Brasil é um país onde se lê muito pouco e se publica muito pouco. Ela resgata questões importantes da história da cultura brasileira do ponto de vista da esquerda e tem um papel muito importante em sistematizar uma elaboração da experiência do PT. Nesse sentido, ela é um instrumento fundamental da política brasileira". Tatau Godinho, socióloga

"Primeiro, parabéns. Porque não é fácil manter no Brasil uma editora com essa qualidade. Segundo, o interessante na Editora FPA é a variedade das obras publicadas, que contribuem com a pesquisa sobre nossa história, nossa literatura e de diferentes setores de expressão. Também não podemos deixar de falar da seriedade, da qualidade das obras publicadas, além da revista Teoria e Debate. Eu tenho uma admiração muito grande por esta editora e espero que ela viva por muitos anos". Clara Charf, coordenadora do projeto 1.000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz 2005

"É muito bonito ver que a Editora tenha chegado ao seu centésimo título prestando uma homenagem a Sérgio Buarque de Holanda, um dos fundadores do PT. Tem tudo a ver. Ele é uma pessoa que representa o pensamento radical brasileiro que foca tensão sobre a classe dos oprimidos e não dos dominantes. Por isso esse marco é extremamente significativo". Adélia Bezerra de Menezes, professora universitária

"A Editora antes de mais nada colabora fortemente para que o país possa ser pensado de uma forma nova, publicando livros em vários campos. Ela tem um diferencial em relação às outras editoras exatamente por ser ligada a um partido político, e que, portanto, não está sujeita a certos tipos de decisões empresariais, e esta é uma das suas grandes potencialidades. E também temos que dizer que o fato dela publicar a revista Teoria e Debate, colabora de uma forma muito significativa com o debate dentro do PT. Ela é uma trincheira contra o esvaziamento político dentro do partido e se coloca hoje, num papel muito importante, quando o partido precisa se repensar, voltar a refletir sobre o que chamamos de modo petista de governar. É preciso fazer uma avaliação das propostas que foram implementadas pelo PT ao longo dos anos 1990 e que nesse momento precisam ser avaliadas para que possamos construir um novo ideal". Nabil Bonduki, urbanista

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