Capítulo 5 para download

  • Cerca de dois terços – 61% dos indígenas e 67% da população considera diferente ser indígena ou não indígena no Brasil hoje e as diferenças que sobressaem são negativas (67%), sendo o preconceito a maior delas (42%), seguida por diferenças na educação (13%), imposição sócio cultural dos brancos e diferenças nas relações de trabalho (9%, ambos), além da inexistência ou não cumprimento de direitos específicos e os conflitos envolvendo as terras indígenas (5% e 4%, respectivamente).

  • Entre as diferenças positivas apontadas (21%), a preservação do seu modo de vida e cultura e a atual existência de direitos para os indígenas são as mais citadas (8% e 7%, na ordem).

  • Os que acham que não há diferença entre ser indígena ou não indígena (37%), citam principalmente características positivas nesta percepção de igualdade (84%) ressaltando, sobretudo, a existência de direitos (38%), a igualdade como seres humanos (32%) e a igualdade no modo de vida (19%) com as mesmas necessidades atuais entre índios e não índios para moradia, alimentação, vestuário, etc.

  • Entre os aspectos negativos das semelhanças entre índios e não índios o preconceito e as dificuldades são apontados como iguais para todos (2%, ambos).

  • Mais da metade dos indígenas residentes em cidades consideram que a situação dos indígenas está melhor hoje do que há 20 ou 30 anos atrás (59%, posição com que 43% da população brasileira concorda), 23% dos indígenas acha q está pior e 10% que não teve mudança. Entre a população, 32% afirma que a situação do indígena está pior e 14% que não teve mudança.

  • A percepção de que a situação dos indígenas melhorou, (de 59% da amostra de indígenas), se deve principalmente ao acesso à educação (44%), seja pela possibilidade de ingresso em escolas públicas da região ou em escolas dentro das aldeias (23% e 13%, respectivamente); o apoio que recebem do governo (38%), com especial destaque para os benefícios sociais como o Bolsa Família, Vale renda, etc que os afastam da necessidade de esmola (25%), ou ajuda da FUNAI (10%); além da melhoria de acesso á Saúde (29%), com postos de saúde próximo ou nas aldeias, com atendimento diferenciado (25%) e acesso a remédios gratuitos (8%)

  • A integração econômica, direito a terra e integração social, são mencionados como aspectos de melhoria na condição dos indígenas, por 19% para cada item e o reconhecimento de e direitos, por 17%.

  • Os que acham que a situação do indígena piorou (23%) alegam como principais razões para esta opinião a falta de acesso econômico (38%), com mendicância, fome, Falta de moradia e dinheiro (37%), a perda de território, a perda da cultura (37%, ambos) e falta de apoio do governo (18%), sem políticas públicas de incentivo ou benefícios; além da perda dos recursos naturais e a violência e discriminação de que a população indígena é vítima (15% e 13%, respectivamente).

  • Quem acha que não houve mudança na situação dos indígenas (10%), acredita que esta se deve, sobretudo, a continuidade da discriminação (55%), com forte preconceito, exclusão e exploração dos indígenas (52%); falta de apoio do governo (36%), com ausência de políticas voltadas para esta população (31%) e a continuidade de disputa pelas terras (17%). A falta de acesso à educação e econômico são apontados como marcas dessa continuidade, por 14% e 10% da população indígena não aldeada entrevistada.

 

 

 

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